Sustentabilidade e os desafios do conhecimento: a precariedade das certezas e o risco permanente da incerteza numa revisitação da ação social como racionalidade comunicativa
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Abstract
O presente texto tematiza sustentabilidade a partir da problematização dos modos de vida, especialmente, dos fundamentos definidores do que seja bom para mim e para nós nos processos de socialização e produção das individualidades numa perspectiva da racionalidade comunicativa correlacionada com a racionalidade prática. A discussão ressalta a precariedade das certezas do paradigma da modernidade e o não surgimento de algo que possa substituí-las
configurando um estado de crise que destrona certezas e obriga a convivência com certezas incertas, precárias, temporalizadas, falíveis até serem substituídas por outras com o mesmo matiz, o que delineia retratos demandantes de sustentabilidade que questionam certezas e fundados em certezas precárias, falíveis e incertas, sendo, portanto o conceito de sustentabilidade aberto e plurissignificante. A discussão remete para o arcabouço contextualizador da crise: a racionalidade moderna e sua capacidade ou exaustão explicativa na
indicação da superação do abismo entre ideia e pratica, essência e aparência, pensamento e ação como esferas separadas e a indicação da junção entre as duas dimensões nas práticas ou ações sociais. A crise contemporânea que reclama por sustentabilidade indica a revisão desta separação/junção entre idealidade e materialidade ao pôr em xeque a definição do que seja bom para mim e para todos.